Já tentei escrever sobre como estranho ser alguém do mundo.
Sei que existo dentro de mim, mas me dar conta que também existo pra fora é bastante aterrador.
E hoje isso aconteceu, enquanto arrumava o cabelo na frente do espelho.
Porque eu tenho cabelo... e faço reflexo num espelho.
Ocupo um espaço, posso mudar as coisas de lugar, sou uma pessoa e isso é tão estranho, meu deus do céu.
terça-feira, 19 de outubro de 2010
terça-feira, 7 de setembro de 2010
terça-feira, 31 de agosto de 2010
Estou com amigdalite
segunda-feira, 5 de abril de 2010
prólogo
___
Ato I
– Oi..
– Oi!
– Desculpe o atraso
– Tudo bem, não faz mal! [carinho]
– ... [silêncio]
– Você está linda [carinho]
– ... [silêncio]
– Tudo bem?
– Estou só um pouco cansada. E com frio. [silêncio]
___
epílogo
Será possível que você me ame tanto assim?
segunda-feira, 25 de janeiro de 2010
Eu não tenho o controle
Eu gosto de ouvir o som dos meus próprios passos.
E gosto de andar olhando pra baixo também.
Ver as pedrinhas, a textura da calçada (estranho não? São texturas tão ricas que me privo de sentir), os pedaços de papéis que alguém não quis. Poeira, barata morta, gente, tem tanta coisa espalhada por aí.
Aí começo, de repente, a achar que são meus pés que escolhem o caminho, não eu... Como se eles fossem eles, e eu fosse eu; e não como deveria ser: eles sendo eu, e vice-versa.
Essa é a hora mais estranha da caminhada e da minha vida.
Às vezes até paro forçadamente e fico mexendo meus dedos, ou dando passos apertadinhos, rodopiando, cruzando pernas, fazendo qualquer coisa só pra ter certeza que aqueles pés são mesmos meus.
Mas não adianta.
Fazer isso é só uma tentativa desesperada de provar pra mim que eu sou dona da minha vida, quando não sou.
E gosto de andar olhando pra baixo também.
Ver as pedrinhas, a textura da calçada (estranho não? São texturas tão ricas que me privo de sentir), os pedaços de papéis que alguém não quis. Poeira, barata morta, gente, tem tanta coisa espalhada por aí.
Aí começo, de repente, a achar que são meus pés que escolhem o caminho, não eu... Como se eles fossem eles, e eu fosse eu; e não como deveria ser: eles sendo eu, e vice-versa.
Essa é a hora mais estranha da caminhada e da minha vida.
Às vezes até paro forçadamente e fico mexendo meus dedos, ou dando passos apertadinhos, rodopiando, cruzando pernas, fazendo qualquer coisa só pra ter certeza que aqueles pés são mesmos meus.
Mas não adianta.
Fazer isso é só uma tentativa desesperada de provar pra mim que eu sou dona da minha vida, quando não sou.
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